1.6.13

garry winogrand

Quando eu tinha 19 anos, queria ser como as mulheres fotografadas por Garry Winogrand. Aliás, eu já era uma dessas mulheres que eu, então, ainda não conhecia. Eu era o cume inflamado dos seios das mulheres tímidas, sem soutien, de Garry Winogrand e gostava, como ainda gosto e prefiro, não necessariamente contrariando o já crescente anglo-saxonismo da minha geração, de falar francês. Esta língua, o francês, que só actualmente me parece uma língua polida demais, uma língua que sai à rua de soutien posto, uma língua terna, é certo, aveludada, mas sem flama, sem espasmo, uma língua cuja palavra cu soa a face e que não pode ser usada por um emigrante que, no momento da fragilidade, pretenda defender a sua honra, ou por alguém que se encontre no lugar firme de uma boa foda.