24.11.12

espelho

Quem é este corpo que surge como intrusão nocturna? Que penetra sorrateiro uma fresta da minha cama e freme como as avenidas de Nova Iorque ou a última intimidade das prostitutas. Uma pele cheia de noite, um estranho de passagem como os táxis da 5ª Avenida, célere como um criminoso, impaciente, sozinho Um corpo que mora paredes meias com a chantagem dos dias, que concilia o mundo com o lugar exilado da noite, que rouba das horas o lucro dos ricos, quem é este corpo?