O «O Artista» [2011] repõe o tempo certo do cinema, um tempo que não cede aos ciclos lineares da História da Arte e, no entanto, é uma fita de pleno século XXI, isto é, uma fita tecnicamente completa, mas sem ruído. Um grito sem ruído. O chamado filme mudo nunca é mudo e este muito menos. Fala mais alto do que outro qualquer, porque dá voz à estrutura da intimidade, à raiz das emoções, ao grito da humanidade. O «O Artista» merece uma tela gigante e a crítica de quem sente, de quem é capaz de rir e chorar sem fazer barulho, como quando choramos a ver o «Aurora» [1927], de Murnau, ou nos deixamos tocar por «Um rosto na multidão» [1957], de Elia Kazan. Esta fita é completa; é a fita completa que faltava à história do cinema do século XXI, do século XX, do tempo completo.
24.11.12
tempo completo
O «O Artista» [2011] repõe o tempo certo do cinema, um tempo que não cede aos ciclos lineares da História da Arte e, no entanto, é uma fita de pleno século XXI, isto é, uma fita tecnicamente completa, mas sem ruído. Um grito sem ruído. O chamado filme mudo nunca é mudo e este muito menos. Fala mais alto do que outro qualquer, porque dá voz à estrutura da intimidade, à raiz das emoções, ao grito da humanidade. O «O Artista» merece uma tela gigante e a crítica de quem sente, de quem é capaz de rir e chorar sem fazer barulho, como quando choramos a ver o «Aurora» [1927], de Murnau, ou nos deixamos tocar por «Um rosto na multidão» [1957], de Elia Kazan. Esta fita é completa; é a fita completa que faltava à história do cinema do século XXI, do século XX, do tempo completo.
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