A totalização da cidade opera-se na sua invisibilidade e isto faz com que a minha visão não seja interrompida pelos elementos tácteis. Sou eu que comando as formas e, não estando impedida pelas formas, torno-me o símbolo de uma mulher visualmente activa gerindo, ela mesma, o seu universo e recusando ser escrava dos limites que matam o sonho. Tudo o que é visível na cidade desaparece para dar contorno à invisibilidade da cidade. A desmaterialização das formas dá-se na arquitectura da interioridade, no acontecimento das emoções mais fortes e mais primárias. Há que destruir o motivo das coisas para dar visibilidade à profundidade, quente e orgânica, do volume das coisas.