Quando eu tinha 19 anos, queria ser como as
mulheres fotografadas por Garry Winogrand. Aliás, eu já era uma dessas
mulheres que eu, então, ainda não conhecia. Eu era o cume inflamado dos
seios das mulheres tímidas, sem soutien, de Garry Winogrand
e gostava, como ainda gosto e prefiro, não necessariamente contrariando
o já crescente anglo-saxonismo da minha geração, de falar francês. Esta
língua, o francês, que só actualmente me parece uma língua polida
demais, uma língua que sai à rua de soutien posto, uma língua terna, é
certo, aveludada, mas sem flama, sem espasmo, uma língua cuja palavra cu
soa a face e que não pode ser usada por um emigrante que, no momento da
fragilidade, pretenda defender a sua honra, ou por alguém que se
encontre no lugar firme de uma boa foda.